Às 15:15 de um sábado cinza perdi todos os sentidos.
Perdi o pudor, mas perdi a vontade de ir contra ele.
Perdi os sonhos eróticos e os momentos entediantes.
Lembrei de quando amor eu tinha.
Olhei para o relógio e é como se a batéria do relógio da vida,
Tivesse acabado.
Alcancei um estado superior, neutro.
Não precisei do meu corpo e então minha alma vagou,
Vagou pelo cosmo urbano, pelo auge da vida cotidiana.
E os antigos sentimentos que eu carregava,
Tornaram-se classificados de um jornal,
Para quem quisesse levá-los para sempre,
Embora eu já tivesse me livrado deles.
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